Há um tempo atrás, ao ler dois artigos muito interessantes sobre cultura e humanidade, me
deparei com uma história que chamou a atenção, pois falava sobre um senhor
africano, original de Gana e que vive no Brasil há 30 anos, e como ele enxergava a
sociedade brasileira. Com base na sua experiência de vida, ele contava que no Brasil
muitas coisas pareciam erradas quando se tratava do uso das palavras negro e
preto, principalmente quando as pessoas querem realmente ofender ou magoar alguém.
Este senhor notou que geralmente usamos a palavra negro com tom pejorativo e desvalorizado,
assim como quando queremos desviar de algum tipo de preconceito (já sendo
preconceituosos), utilizando outras palavras e expressões como: afrodescendente,
mulato, “negrinho”, “pretinho” etc. As
pessoas nunca usam a expressão “buraco
negro” no sentido de um lugar legal e alegre, diferentemente de dizer “tenho inveja branca de você”, como se
inveja tivesse cor e o branco fosse algo positivo. Quando queremos referenciar algo
negativo, nossa linguagem frequentemente traz as palavras negro e preto através
de expressões, o que nos remete a um tempo da escravidão e muita injustiça no
Brasil. Mas ainda é possível encontrar diferenças nas expressões com o uso
das palavras negro e preto, diz ele. Quando queremos referenciar algo positivo, geralmente usamos a palavra “preto” na expressão, como por exemplo:“Ganhei uma grana preta essa semana”. Se
fossemos seguir a regra, o uso da expressão “ganhar
uma grana negra” seria para algo ruim ou ilícito?
Pode não fazer sentido para você, mas a reflexão deste senhor mostra pequenos traços de uma cultura cegamente preconceituosa, herdada de geração em geração e convencionada em termos e expressões rotineiras, que só são vistas por quem quer de fato enxergar. Infelizmente, é o que temos visto por aí e, por isso, convido a todos a mudar este conceito de mundo e a acreditar que a humanidade precisa se reencontrar, inclusive, no uso das palavras.
Pode não fazer sentido para você, mas a reflexão deste senhor mostra pequenos traços de uma cultura cegamente preconceituosa, herdada de geração em geração e convencionada em termos e expressões rotineiras, que só são vistas por quem quer de fato enxergar. Infelizmente, é o que temos visto por aí e, por isso, convido a todos a mudar este conceito de mundo e a acreditar que a humanidade precisa se reencontrar, inclusive, no uso das palavras.
Outra coisa que vejo há algum
tempo é que muitas pessoas querem crescer passando por cima de outras, sugando o
que há de honesto e humilde na conquista alheia. O trabalho daí não rende. Parece
que a vida anda para trás, e até as plantas do jardim de casa começam a secar,
carregando a energia de anos de luta, suor e desapontamentos. Eu passei por
isso no final da minha carreira, e aprendi a observar que a mensagem é de
profunda grandeza e verdade. No mundo que estamos vivendo, com todas as noticias
e acontecimentos, podemos enxergar claramente que os valores estão se perdendo
e os poucos corações e amizades que ainda se salvam estão se fechando por terem
presenciado, em algum momento da vida, certa decepção. O ser humano facilmente “puxa o tapete” quando
precisa, tanto para amaciar o ego e mostrar-se melhor que os outros, como para
justificar que a vida alheia é um desastre. É preciso ter cuidado com a inveja, a fofoca e a crítica destrutiva. Infelizmente, existem pessoas que
se aproximam para mostrar que sabem de tudo, mas não fazem nada mais do que
atrapalhar e desorganizar a vida dos outros, seja nos relacionamentos pessoais,
familiares ou profissionais, fazendo com que você se sinta incapaz ou
incompetente. Geralmente, estas ficam de olho nas suas amizades. São muito interessadas na fonte do seu
dinheiro e da sua energia. Paralisam-te com os olhos, segurando a vida. Quando se
distanciam, rapidamente tudo melhora. Retorna saúde, a energia restabelece a
vida e tudo se torna mais leve e feliz.
As
pessoas precisam reencontrar-se para viver melhor, descobrir seu propósito e
aceitar seu espaço. Dentro das minhas convicções, diante de Deus somos todos
iguais e o que nos falta é humildade para aceitarmos nossos erros e corrigi-los.
Da vida, nada mais do que boas histórias e o que realmente conquistamos com a
alma, compartilhado com pessoas que amamos, levaremos. Precisamos que a humanidade reencontre a pureza
no coração e na alma, para esta e futuras gerações. Que sejamos livres, porém dispostos a amar e respeitar nosso
semelhante, sem preconceitos e interesses que possam denegrir alguém. Que
estejamos dispostos a caminhar lado a lado, quando os dias forem cinzentos e
chuvosos, seja na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Que sejamos capazes
de suportar dias ruins e todas as fraquezas, levando ao nosso lado pessoas
simples e que entendam o verdadeiro sentido da vida.
Qualquer
pessoa que te incentive a evoluir espiritualmente, profissionalmente,
intelectualmente ou emocionalmente, sem querer nada em troca, vale à pena ter por
perto. Eu quero ao meu lado gente leve, livre de alma e disposta a qualquer forma
de amor. É preciso tornar a alma leve para dar asas aos sonhos.
A humanidade precisa, realmente, se
reencontrar!
---
Texto: Marisa Jaime Garcia
Edição e Editoração: Ágatha Prudêncio
Imagens: Reprodução | Pinterest
www.pinterest.com.br
---
Texto: Marisa Jaime Garcia
Edição e Editoração: Ágatha Prudêncio
Imagens: Reprodução | Pinterest
www.pinterest.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O que tu achou desse post?