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19 de julho de 2016

MUDANÇA NÃO TEM HORA| Morar Sozinho (a).

Oi Gente, tudo bem? Há quem diga que morar sozinho é a melhor coisa que pode acontecer na vida. Outros dizem que, se pudessem, morariam o resto da vida na casa dos "coroas". São inúmeras experiências, boas e ruins, e o assunto de hoje vai ser esse mesmo, o que pode ser polêmico para algumas pessoas: Vale ou não a pena, sair de casa?

Algumas pessoas, por necessidade ou não, saem de casa bem cedo. Vão morar no exterior, casam-se, têm filhos, mudam de cidade, se divorciam, são despejadas...enfim! Há uma série de dramas, romances, aventuras e até histórias de terror por aí. O legal é que muitas histórias se assemelham em alguns aspectos e, no final de tudo, a bagagem da mudança trás memórias incríveis para os que arriscam viver esta experiência.

(Imagem: Pinterest)

Ironicamente falando, dentro de muitas das minhas descobertas ao sair de casa e viver a experiência de morar longe da família, aprendi que as roupas não vão parar limpinhas no armário, nem o feijão cozido na mesa e nem a despensa abastecida! Tãdãmmm! É tudo obra de alguém - mãe, pai, empregada, vó, tia - e por incrível que pareça, a gente não se dá conta do trabalho que damos para estas pessoas enquanto vivemos no conforto do seu território, além de muitas vezes reclamar de barriga cheia! Tem gente que, por iniciativa, assume algumas responsabilidades por si, mesmo morando com a família, e isso inclui dividir tarefas, contas etc. Tem gente que só aprende na marra, quando o bicho pega e precisa mesmo fazer! Outros, nunca na vida fizeram ou vão chegar a fazer, seja por preguiça ou cara-de-pau mesmo. Neste último caso, rola uma certa culpa dos pais e envolvidos na educação deste ser humano, pois não dão a chance, ou não exigem, que a pessoa assuma as responsabilidades por suas coisas e escolhas, tornando-se "escravos" de seus próprios filhos. Há casos e casos, e não adianta os pais reclamarem da preguiça alheia se eles participam como atores principais dela, viu? Para os filhos "pra lá de mimados", está mais do que bom não precisar crescer e evoluir neste sentido, então eles praticam o "deboísmo", ficando tranquilos e sendo bancados até o dia de serem enxotados de casa (...e dependendo dos pais, isso pode nunca acontecer!).

O que a gente sabe é que a pessoa que quer viver essa experiência de ser independente não deixa para depois! Ela curte, procura emprego, sofre, se sente feliz, se aperta na grana, dorme bem, dorme mal, paga suas contas, troca de emprego, vai e volta...mas vive intensamente o processo de amadurecimento e autoconhecimento. Esse processo pode ser longo ou muito curto, depende da pessoa e da ocasião, mas de uma coisa eu tenho certeza: a independência e a liberdade de ir e vir não tem preço! 

A maioria dos jovens que tem a oportunidade de sair cedo de casa (por volta dos 15 anos) têm a ver com a experiência de intercâmbio. Antigamente não era comum ver adolescentes indo morar longe dos pais tão cedo e por longos períodos, principalmente no exterior. Aqueles que iam, geralmente vinham de famílias com uma cabeça mais aberta, no qual os pais entendiam os benefícios de mandar o filho para o exterior, seja para aprender outro idioma ou amadurecer! Hoje é comum ver crianças de 12 anos saindo de casa para estudar e morar em homestays no exterior (casas de famílias), muitas vezes passando meses ou anos totalmente imersas em outra cultura. Acho muito legal e saudável para quem tem a oportunidade de viver esta experiência, mas já soube de casos em que esse mesmo jovem que saiu de casa, hoje voltou a morar com os pais e não pretende sair tão cedo deste conforto. Tá certo ou errado? As experiências são vastas e não existe, na minha opinião, certo e errado! O mais legal é que todo mundo sempre tem uma história para contar e se tu estás pensando em sair de casa e morar sozinho - ou com namorado(a) e /ou amigos -, tem que se preparar para crescer e segurar firme os momentos de solidão, dúvidas ou até de indiferenças, pois tudo gente, tudo na vida tem o lado bom e ruim!

E quem aqui, que já morou com amigos ou estranhos, nunca teve sua comida roubada ou sua escova de dentes usada? Se não teve, olha que ainda pode vir a passar por isso. Acontece! Aconteceu comigo e não fui a primeira e nem a última vítima. Faz parte, e eu e a minha irmã contamos um pouquinho sobre as nossas experiências aqui nesse vídeo:


MORAR COM OS PAIS: Significa perder a independência?

CLARO QUE NÃO! A independência é muito relativa e nem sempre está atrelada ao fato de morar sozinho. Existem muitas pessoas que saem de casa e continuam extremamente dependentes dos pais por longa data. Casam-se, tem filhos e ainda continuam recebendo aquela mesadinha, ou a escola paga pelos avós, ou a viagem e o casamento patrocinado pelos pais, ou o aluguel e o abastecimento mensal da geladeira custeado pela mamãe. Enfim, não dá para julgar pelas aparências. Assim como tem muita gente que faz e acontece, tem filhos e ainda mora com os pais, sendo bancados e deixando de lado todas as responsabilidades da vida adulta, praticando o deboísmo total. 

Acho que tudo na vida é uma questão de circunstancias e decisões e não vejo problema algum em viver a experiência de morar sozinho e voltar a morar com os pais depois. Nem tão pouco há problemas com quem nunca saiu de casa. Penso que a única coisa que pode garantir a tua independência de fato, mesmo morando com os pais ou perto deles, é assumir que tu tens responsabilidades, direitos e principalmente deveres. 
Aqui em casa, por exemplo, cada um tem a sua casa no mesmo terreno, tipo um condomínio. Cada um paga suas contas de luz, água, internet, telefone, comidas etc, e as despesas que são relacionadas à área de convívio comum são rateadas entre todos. Cada um tem o seu canto, com suas regras, horários, refeições etc, e cada um tem o direito de livremente fazer suas escolhas. Porém,  acontece muito de nem todos cumprirem com seus deveres relacionados a estas escolhas. Às vezes, falta bom senso e respeito e isso tudo está relacionado as regras de convívio, que também são MUITO importantes quando se divide um espaço. TEM QUE EXISTIR RESPEITO E BOM SENSO, fator que muitas pessoas esquecem quando moram em conjunto. Não adianta querer ser independente se tu não sabe respeitar o próximo e assumir suas responsabilidades. A independência fica só de fachada, e no final das contas, a frustração é toda sua, não de quem está tranquilo com as sua independência.  

Cabe aqui deixar um convite para todos pensarem em uma mudança, quando necessário. Se tu ainda te encontra em uma situação de dependência, será que não está na hora de amadurecer e evoluir? Já vimos que o primeiro passo para ser independente pode começar em casa mesmo...mas a mudança vem de dentro, e a evolução só depende de ti!

Até o próximo...
Beijos  



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